terça-feira, 24 de abril de 2012

Correio Braziliense: Casa da Sopa garante alimento para famílias pobres em região próxima a Brasília



Iniciativa de cidadãos comuns, não vinculados a qualquer tipo de instituição governamental, assegura a alimentação de diversas famílias que vivem em condições de extrema pobreza nas proximidades de Brasília. O trabalho conta com apoio da Catedral Rainha da Paz



Publicação: 19/02/2010 08:47 Atualização: 19/02/2010 08:54

Quando a Kombi branca da Casa da Sopa surge nas ruas da Cidade Estrutural, as crianças saem de casa com um sorriso largo no rosto e uma certeza: naquele dia, elas terão pelo menos uma refeição. Às quartas, o carro traz o almoço preparado pelas voluntárias ligadas à Catedral Rainha da Paz. A fome é tanta que as pessoas, de diferentes idades, comem até com as mãos, em porções generosas capazes de encher a boca de uma só vez. A pressa em devorar denuncia a falta frequente de alimento. A distribuição começa pelo galpão dos catadores de lixo de cooperativas de reciclagem, na entrada da cidade, e vai até a Rodoferroviária. É servido arroz temperado com cebola, alho e açafrão, misturado à carne e, em outra panela, fica o feijão. Tudo fresco e cheiroso.

Voluntárias da Casa da Sopa
Voluntárias da Casa da Sopa
Todas as noites, é hora de servir a sopa feita de macarrão, arroz, legumes e carne. A comida é preparada em uma casa no Cruzeiro Velho por mulheres e homens que se habilitam a ajudar quem precisa. A cozinha é espaçosa e rodeada por armários com panelas grandes. Há 20 anos, o dinheiro para comprar a matéria-prima vem de doações e do dízimo da catedral militar recolhido especialmente para esse fim duas vezes, todo dia 25 do mês, data em que se homenageia a Rainha da Paz.

A Casa da Sopa é composta por 380 pessoas dispostas a cozinhar e levar o resultado do trabalho para Paranoá, Taguatinga e Itapoã, além da Estrututal (cidade na qual o Correio acompanhou a visita). Em cada dia da semana, um grupo de até seis voluntários entrega as doações. Às quartas-feiras são duas equipes, porque há almoço e jantar. São 15kg de arroz, 8kg de carne e 10kg de feijão por almoço e, em média, 120l de sopa a cada vez. No Paranoá são servidos 280l por noite — quantidade suficiente para suprir as necessidades de até 100 moradores de rua ou de áreas carentes. Além de comida, os voluntários também recolhem roupas, calçados, brinquedos e cobertores para dar a quem não tem condições de comprar. As refeições são servidas em caixas de leite ou de suco reaproveitadas.

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ONG - Casa da Sopa

A instituição Casa da Sopa foi fundada por Dom Ávila, bispo e arcebispo de Brasília, no início dos anos 60. Desde então, a ONG faz doações de comida aos mais necessitados, distribuindo mais de 1.500 pratos de alimentos por dia.
                 Setor – Empresa do terceiro setor é uma entidade filantrópica, conhecida como Casa da Sopa, instituição que presta caridade aos mais necessitados sem fins lucrativos.
                 Histórico – Dom Ávila no início, juntamente com os fiéis da igreja angariavam alimentos para o preparo. O grupo era pequeno, tendo poucos voluntários, com o passar do tempo, aliciava equipes para o trabalho da caridade, com o passar dos anos, aumentou o número de voluntários. Tanto o preparo de alimentos, quanto a saída em rondas era feito na igreja Rainha da Paz. Em 1988, Dom Ávila ganhou uma residência no Cruzeiro Velho para atender as demandas dos mais carentes. Atualmente a Casa conta com mais de 250 voluntários, esses estão dispostos a doar, cozinhar e levar alimentos para regiões de vulnerabilidade de Brasília.
                A fraternidade pastoral Casa da Sopa atende pontos críticos do Distrito Federal, sendo a sede no Cruzeiro abrange áreas do SAAN, Rodoviária do Plano Piloto, Parque Nacional de Brasília e Lixão da Estrutural. Em Taguatinga auxilia catadores e moradores de rua na área do Areal. No Itapuã cuida tanto do preparo e distribuição de alimentos, nas demais casas são feitas rondas para entrega.
                A primeira Casa surgiu no Cruzeiro há 25 anos, cedida para a captação de alimentos e preparo dos mesmos. Desde então, cada equipe atua diariamente, prepara a comida e sai em rondas nos pontos críticos de Brasília.
                 Economia – A economia da Casa é solidária, muitos ajudam como podem como; doação de cestas básicas, carnes, verduras, legumes e frutas, também são aceitos doações em dinheiro. O público da ONG são pessoas miseráveis, em situação de vulnerabilidade, moradores de rua e catadores de papel.
                Entidades Filiadas – As entidades que auxiliam a Casa são; a Catedral Militar Rainha da Paz, que todo dia 25 de cada mês faz doações dos donativos arrecadados nas duas missas que ocorrem durante o dia, o Verdurão Oba, que toda terça-feira faz doações de hortifrúti granjeiro e o SESC-DF em parceria do Mesa Brasil, que doa a cada 15 dias sobras de alimentos dos cursos de gastronomia.
                As atividades diárias – em cada dia da semana um grupo de até seis voluntários entregam doações. Na Casa do Cruzeiro, às quarta-feira s são duas equipes que servem o almoço e o jantar. São utilizados em média, 15 kg de arroz, 8kg de carne e 10kg de feijão por almoço e 120 litros de sopa em cada noite. No Paranoá são servidos 280 litros por jantar – quantidade suficiente para supriras necessidades de até 100 moradores de rua ou de áreas carentes. Além da comida, os voluntários recolhem roupas, calçados, brinquedos e cobertores para dar a quem não tem condições de compara. As refeições são servidas em caixas de leite ou de suco reaproveitadas.
                 Missão – O objetivo da Casa da Sopa é saciar a fome e a sede de famílias e crianças esquecidas pela sociedade e pelas políticas públicas.
                 Visão – A instituição visa ampliar o número de voluntários para servir almoço e jantar na Casa do Cruzeiro, porque hoje, as três casas somam 250 voluntários. Mas são necessárias mais pessoas com o interesse de auxiliar, tanto no preparo, quanto na distribuição da comida.
                 Valores – A casa faz exatamente como Jesus pediu: “Estava com fome e me destes de comer, estava com sede e me destes o que beber”, esse é um dos principais valores que a ONG segue há mais de 40 anos em Brasília, dando seguinte às obras de Dom Ávila, esse que morreu pedindo que a Casa nunca fechasse.